Existem pessoas que não precisam nem falar: suas testas mostram, de forma bastante clara, como elas estão se sentindo naquele momento. Seja devido à preocupação, surpresa ou desaprovação, esta região do rosto realmente é rica em expressão. Porém, esse excesso de movimentação favorece o envelhecimento e a solução para este problema é o lifting frontal.
E você, já ouviu a respeito desta cirurgia plástica? Sabe quando os cirurgiões recomendam este procedimento? Se você está começando a se preocupar com as rugas da testa e está insatisfeito sobre o fato de que elas estão se tornando cada vez mais profundas, não perca este artigo. Vamos tirar todas as suas dúvidas sobre o tema.
Índice:
O que é o lifting frontal?
O lifting frontal, também conhecido como ritidoplastia frontal, é um procedimento cirúrgico projetado para rejuvenescer a parte superior do rosto, focando especificamente na região da testa e das sobrancelhas. Esta técnica visa suavizar as rugas profundas da testa, elevar as sobrancelhas caídas e restaurar uma aparência mais jovem e descansada ao terço superior da face.
Até pouco tempo atrás, este lifting exigia obrigatoriamente a realização de extensos cortes na linha do cabelo. Embora esta técnica também possa ser utilizada atualmente, houve um avanço nesta área, permitindo também sua realização através de incisões muito pequenas, que deixam cicatrizes mínimas e muito discretas.
Atualmente, o lifting frontal se destaca como uma solução eficaz e duradoura para aqueles que buscam combater os sinais visíveis do envelhecimento na região coronal. Afinal, esta parte do rosto desempenha um papel crucial na expressão facial e na percepção da idade.
As rugas horizontais na testa e as linhas de expressão entre as sobrancelhas podem dar uma aparência cansada, preocupada ou mais velha do que a idade real. Em algumas pessoas, essas marcas são as primeiras a se tornarem evidentes no processo de envelhecimento facial, afetando significativamente a autoestima e a confiança.
Portanto, o lifting frontal trata essas insatisfações estéticas de maneira abrangente, proporcionando uma solução que não apenas suaviza as rugas, mas também reposiciona os tecidos para criar um aspecto mais jovial e revigorado.
O que causa as rugas na testa?
As rugas na testa surgem por uma combinação de fatores, tanto intrínsecos quanto extrínsecos (causados pelo ambiente). O envelhecimento natural é o principal fator intrínseco. Com o passar do tempo, a produção de colágeno e elastina na pele diminui, reduzindo sua capacidade de se manter firme e elástica. Este aspecto também é altamente influenciado pela genética.
Outro fator importante é o costume, muito associado à nossa personalidade e padrão de comunicação, e exagerar nas expressões faciais. Quando realizamos expressões repetitivas, como franzir a glabela ao estarmos concentrados, levantar as sobrancelhas em caso de surpresa ou arquear apenas uma delas quando desconfiamos de algo, cria linhas de expressão.
Com o tempo e a repetição, essas linhas deixam de ser rugas dinâmicas e se tornam rugas estáticas, ou seja, marcas permanentes na pele. Isso significa que elas ficam visíveis mesmo quando o rosto está em repouso.
Fatores externos também contribuem significativamente esse processo. A exposição prolongada aos raios ultravioleta do sol, por exemplo, causa muitos danos, pois destrói as fibras de colágeno e elastina, acelerando o processo de envelhecimento. Também poderíamos citar outros fatores ambientais como a poluição, tabagismo etc. Todos eles se desempenham seu papel no envelhecimento e levam a alterações na textura, espessura e qualidade da pele, predispondo-a à formação de rugas.
Como é feito o lifting frontal?
Existem dois tipos principais de lifting frontal: o tradicional e o endoscópico. Cada abordagem tem suas particularidades, vantagens e pontos de atenção específicos. A seguir, detalharemos esses aspectos, destacando principalmente as indicações dessas alternativas.
Lifting frontal tradicional
O lifting frontal tradicional, que também recebe o nome de lifting coronal, envolve uma incisão contínua que se estende de orelha a orelha, atravessando o topo da cabeça. Porém, apesar de uma incisão tão extensa, esta incisura permanece escondida na linha do cabelo, invisível para a maioria das pessoas.
Então, após a incisão, o cirurgião cuidadosamente eleva a pele da testa, permitindo acesso direto aos tecidos e músculos subjacentes. Este ponto revela uma das vantagens desta técnica: ela permite uma visualização ampla da área, facilitando a remoção do excesso de pele e gordura, bem como o reposicionamento dos músculos.
A partir desta abertura, o médico faz uma série de intervenções na região coronal: reajusta a posição das sobrancelhas, elevando-as, sutura músculos da testa, reposicionando-os e deixando a aparência mais jovial, elimina excessos de pele, deixando-a esticada e suavizando rugas profundas. Portanto, trata-se de uma verdadeira reconstrução desta região do rosto.
As vantagens do lifting frontal tradicional incluem resultados mais significativos, perceptíveis e duradouros, especialmente em casos de flacidez severa. Ele é particularmente eficaz para pacientes com testa alta ou linha capilar recuada. No entanto, as desvantagens incluem uma cicatriz mais longa, embora geralmente bem camuflada no couro cabeludo, e um período de recuperação que exige um pouco mais de cuidado.
Lifting frontal endoscópico
Por outro lado, nos últimos anos, a técnica de lifting frontal endoscópico se desenvolveu. Trata-se de uma opção menos invasiva, em que o cirurgião faz várias pequenas incisões (geralmente três a cinco) de cerca de 2 cm cada, ao longo do couro cabeludo. Então, através dessas incisões, o cirurgião insere uma câmera endoscópica e instrumentos especializados, permitindo a visualização e manipulação interna dos tecidos.
O método endoscópico permite ao cirurgião elevar as sobrancelhas, suavizar rugas e remover pequenas quantidades de tecido excessivo. Ela também possibilita a fixação dos tecidos na nova posição por meio de suturas internas ou pequenos dispositivos de ancoragem.
As principais vantagens do lifting frontal endoscópico são cicatrizes menores e menos visíveis, recuperação mais rápida e menor risco de perda de sensibilidade no couro cabeludo. Portanto, trata-se de uma opção excelente para pacientes com sinais de envelhecimento leves a moderados.
Porém, as desvantagens deste método incluem resultados potencialmente menos notáveis em comparação com a técnica tradicional, especialmente em casos de flacidez severa. Por isso, o que torna uma técnica boa ou ruim não é o tamanho da cicatriz ou a facilidade de recuperação, e sim sua adequação às necessidades do paciente e capacidade para solucionar os problemas que ele apresenta.
A escolha entre as duas técnicas depende de vários fatores, incluindo a extensão do envelhecimento facial, a estrutura anatômica do paciente, as expectativas de resultados e a preferência do cirurgião. Então, uma consulta detalhada com um cirurgião plástico experiente é essencial para determinar qual abordagem é mais adequada para cada caso individual.
Quem pode fazer o lifting frontal?
Os candidatos ideais para o lifting frontal são geralmente pessoas insatisfeitas com os sinais moderados ou severos de envelhecimento na região coronal. Isso inclui pacientes com rugas profundas na testa, sobrancelhas caídas que podem estar criando um aspecto de olhos pesados, bem como aqueles que desejam uma aparência mais jovem e descansada no terço superior da face.
A idade não é necessariamente um fator limitante para este procedimento. Embora a maioria dos pacientes esteja na faixa dos 40 aos 60 anos, indivíduos mais jovens com sinais prematuros de envelhecimento ou características genéticas específicas também podem se beneficiar. Da mesma forma, pacientes mais velhos em boa saúde geral são excelentes candidatos.
Porém, independentemente da idade, os pacientes precisam apresentar boa saúde, sem condições médicas que possam comprometer a cirurgia ou a recuperação. Os cirurgiões aconselham fumantes a cessarem o uso de cigarro várias semanas antes do procedimento. Afinal, o tabagismo afeta negativamente o processo de cicatrização.
O que fazer após o lifting de testa?
A recuperação após um lifting frontal requer paciência e adesão rigorosa às orientações médicas. Afinal, trata-se de um processo que leva meses para se completar. Até lá, passará por todas as etapas relacionadas à cicatrização, acomodação de tecidos e amadurecimento das cicatrizes. A seguir, detalharemos os principais cuidados no peíodo pós-cirúrgico:
Cuidados iniciais após o lifting frontal
Nos primeiros dias após a cirurgia, os pacientes experimentarem inchaço significativo, hematomas e desconforto moderado. Esses sintomas são comuns e, para aliviá-los, o cirurgião prescreve medicação analgésica e, em alguns casos, aplicação cuidadosa de compressas frias.
Durante todo o pós-operatório, o paciente precisa manter a cabeça mais elevada que o restante do corpo, inclusive ao dormir. Esta posição estimula o corpo a manter uma quantidade maior de sangue no tronco e membros, o que ajuda a minimizar o inchaço, evita sangramentos e promove uma cicatrização adequada.
Retorno gradual às atividades normais
As suturas são geralmente removidas entre sete e dez dias após o procedimento, dependendo da técnica utilizada e da velocidade de cicatrização individual. A maioria dos pacientes pode retornar às atividades leves em aproximadamente duas semanas, embora a recuperação completa possa se estender por quatro a seis semanas. Durante este período, é essencial evitar exercícios físicos intensos, movimentos bruscos da cabeça e exposição direta ao sol.
Acompanhamento médico no pós-operatório
Consultas de acompanhamento regulares com o cirurgião permitem o monitoramento do progresso da cicatrização e garante resultados ótimos. Nestas consultas, o médico avalia a cicatrização, remove suturas se necessário e fornece orientações personalizadas para cada fase da recuperação. Portanto, a adesão do paciente a esse acompanhamento é fundamental.
Proteção solar a longo prazo
A proteção solar torna-se um aspecto crítico do cuidado pós-operatório a longo prazo. O uso diário de protetor solar de amplo espectro é essencial para proteger as áreas tratadas, prevenir a hiperpigmentação das cicatrizes e manter os resultados do lifting frontal por mais tempo.
Além disso, o paciente deve adotar uma rotina de cuidados com a pele, incluindo hidratação adequada. Afinal, hidratantes e outros cremes indicados por um bom dermatologista ajudam a melhorar a qualidade da pele, tornando-a menos suscetível à formação de novas rugas, o que prolonga os resultados do procedimento.
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Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP
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