Fale Conosco Pelo Whatsapp

O mundo da estética está em constante evolução, com novas técnicas e produtos surgindo regularmente. No entanto, nem todas as inovações são seguras ou benéficas. O PMMA, ou polimetilmetacrilato, é um exemplo de substância que, apesar de ter sido amplamente utilizada como preenchedor, revelou-se extremamente perigosa.

De tempos em tempos, pessoas públicas vêm à tona contando sobre as complicações que enfrentam hoje, anos após preenchimentos com PMMA. E para que você não caia nesse tipo de armadilha, neste artigo vamos explicar tudo sobre essa substância e quais são os riscos associados ao seu uso.

O que é o PMMA?

O PMMA é um material sintético, um tipo de acrílico, que foi desenvolvido para utilização industrial há várias décadas. Porém, profissionais da área da medicina e estética começaram a utilizar essa substância para a fabricação de próteses e lentes intraoculares. Posteriormente, o PMMA foi utilizado como preenchedor dérmico.

A princípio, o uso do PMMA como preenchedor parecia uma troca vantajosa. Nos anos 1990, ele começou a substituir preenchedores temporários e a grande promessa era de que, ao contrário das opções anteriores, agora o paciente teria um preenchedor permanente, sem necessidade de retoques e manutenção.

Com a promessa de resultados duradouros com um custo relativamente baixo em comparação a outros tratamentos, o PMMA conquistou popularidade. Muitos profissionais e pacientes, atraídos pela ideia de um preenchimento que não precisaria de repetições frequentes, aderiram a essa substância. Assim, ela conquistou o espaço do ácido hialurônico e outros preenchedores temporários.

No entanto, esta aparente vantagem acabou se revelando um dos maiores problemas do PMMA. Você vai entender melhor por que hoje ele não é recomendado nos próximos tópicos.

De que é feito o PMMA?

O PMMA é um polímero sintético composto por microesferas de polimetilmetacrilato. Essas microesferas têm um tamanho que varia de 30 a 50 micrômetros, o que teoricamente impediria que as células do sistema imunológico as envolvessem e eliminassem do organismo. Portanto, em um primeiro momento, esta característica foi vista como uma vantagem, pois permitia que o material permanecesse estável no corpo por longos períodos ou até indefinidamente.

Porém, para que essas microesferas sejam aplicadas sob a pele, elas não poderiam estar soltas. Então, elas precisam de um veículo — uma substância um pouco mais viscosa que o profissional possa injetar através de agulhas ou cânulas. Geralmente, esse veículo é o colágeno bovino ou a carboixmetilcelulose.

Assim, ao longo de anos, muitos pacientes utilizaram o PMMA como preenchedor, até que alguns problemas começaram a surgir. Somente então os especialistas passaram a conhecer e estudar os riscos e complicações do PMMA.

Quais são os riscos e complicações do PMMA?

Apesar de suas supostas vantagens, o uso de PMMA como preenchedor estético está associado a uma série de riscos e complicações graves. A seguir, falaremos de cada um deles:

Efeitos colaterais imediatos do PMMA

Os efeitos colaterais imediatos podem incluir dor, inchaço, vermelhidão e irregularidades na pele no local da injeção. Esses efeitos podem persistir por semanas ou até meses após o procedimento, causando desconforto significativo e insatisfação com os resultados.

Complicações de longo prazo após preenchimento com PMMA

Nódulos e granulomas

As complicações a longo prazo são ainda mais preocupantes. Muitos pacientes desenvolvem nódulos ou granulomas que podem aparecer meses ou anos após o procedimento. Esses nódulos podem ser dolorosos, visíveis e até mesmo desfigurantes. Enfim, em alguns casos, o PMMA pode migrar para outras áreas do rosto ou corpo, causando assimetrias e deformidades que são extremamente difíceis de corrigir.

Infecções e necrose de tecidos

Infecções são outro risco significativo. Afinal, o PMMA pode atuar como um corpo estranho no organismo, aumentando o risco de infecções bacterianas que podem ser difíceis de tratar. Em casos extremos, essas infecções levam à necrose dos tecidos, uma complicação grave que pode resultar em danos permanentes à pele e aos tecidos subjacentes.

Reações alérgicas

Reações alérgicas também são uma preocupação, especialmente considerando que alguns produtos de PMMA contêm colágeno bovino como veículo. Portanto, pacientes com sensibilidade a proteínas bovinas podem desenvolver reações graves, que vão desde erupções cutâneas localizadas até complicações sistêmicas mais sérias.

Dificuldade de remoção

Uma das complicações mais frustrantes do PMMA é a dificuldade de remoção. Diferentemente de preenchedores temporários, cuja dissolução é possível ou que o corpo absorve ao longo do tempo, o PMMA se integra aos tecidos do corpo, tornando sua remoção completa praticamente impossível.

Para remover parcialmente o PMMA, o médico precisa fazer uma cirurgia que descola a pele para que ele faça uma extração física. Isso causa danos aos tecidos circundantes e pode, inclusive, compromenter nervos e movimentação da região. Na face, esse quadro é ainda mais complexo. Por isso, pacientes que sofrem complicações muitas vezes ficam com opções de tratamento limitadas e podem enfrentar problemas permanentes.

Interferência em exames de imagem

Além disso, o PMMA pode interferir com procedimentos de imagem diagnóstica, como ressonância magnética, potencialmente complicando o diagnóstico de outras condições médicas no futuro. Esta é uma consideração importante, especialmente para pacientes mais jovens que podem precisar de tais exames ao longo de suas vidas.

Diante do conhecimento de todos esses riscos, dos crescentes relatos de complicações e da evidência científica sobre os riscos do PMMA, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou a decisão de proibir o uso do polimetacrilato para fins estéticos no Brasil.

A resolução da Anvisa detalhou a proibição do uso, comercialização e propaganda de PMMA para preenchimento dérmico com finalidade estética. Isso significa que nenhum profissional pode utilizar legalmente o PMMA em procedimentos estéticos no Brasil e aqueles que descumprem a norma estarão sujeitos a penalidades severas, incluindo multas e suspensão do direito de exercer a profissão.

Embora esta proibição tenha um papel muito importante na regulamentação de procedimentos estéticos no país, demonstrando o compromisso da agência com a segurança do paciente, o fato é que ainda existem “profissionais” que oferecem preenchimentos à base de PMMA, tanto no rosto quanto no corpo (seios, bumbum, coxas etc).

Quais são os substitutos do PMMA?

Felizmente, existem muitas alternativas seguras e eficazes ao PMMA para quem busca preenchimento facial ou corporal. Os preenchedores temporários à base de ácido hialurônico têm aprovação da Anvisa e conquistaram um espaço cada vez maior no mercado. Esses produtos têm um excelente perfil de segurança e, se necessário, o profissional pode dissolvê-los, o que os torna uma opção reversível e adaptável.

Outras opções de tratamentos estéticos incluem a toxina botulínica para suavizar rugas dinâmicas, tratamentos de bioestimulação de colágeno como o ácido poli-L-láctico, e procedimentos não invasivos como radiofrequência e ultrassom microfocado para melhorar a firmeza da pele. Estas alternativas não só são mais seguras, mas também permitem uma abordagem mais natural e gradual ao rejuvenescimento facial.

Para casos que requerem aumento de volume significativo, os cirurgiões plásticos podem recomendar o uso de gordura autóloga (do próprio paciente), em um procedimento chamado lipoenxertia. Além disso, quando se trata de aumentar bumbum, seios, panturrilha e peitoral (masculino), a prótese de silicone é uma opção não apenas segura, mas também definitiva.

O que fazer se você já realizou preenchimento com PMMA?

Para aqueles que já realizaram preenchimento com PMMA antes da proibição, ou que infelizmente foram enganados por um profissional que utilizou a substância de forma indevida, é fundamental manter um monitoramento cuidadoso.

Consultas regulares com um dermatologista ou cirurgião plástico são essenciais para avaliar a condição dos tecidos e detectar qualquer complicação precoce. Estes profissionais podem realizar exames de imagem, como ultrassonografia, para avaliar a extensão e localização do material injetado.

Se surgirem complicações, as opções de tratamento podem incluir o uso de corticosteroides para reduzir inflamações, antibióticos para tratar infecções, e em casos mais graves, procedimentos cirúrgicos para tentar remover os nódulos ou granulomas. No entanto, é importante entender que a remoção completa do PMMA é extremamente difícil e pode não ser possível sem causar danos adicionais aos tecidos circundantes.

O que podemos aprender com os riscos do PMMA?

Apesar de todos os problemas que o uso de PMMA causou, nos restam algumas lições. A primeira é de que não é prudente subestimar a importância da informação e de recorrer a profissionais éticos e conscientes. Com o crescente número de procedimentos e produtos estéticos disponíveis, é essencial que os consumidores estejam bem informados e façam escolhas conscientes.

Buscar informações de fontes confiáveis, consultar profissionais qualificados e priorizar a segurança sobre promessas de resultados rápidos ou permanentes são passos cruciais para quem considera qualquer procedimento estético. A estética evoluiu muito, mas não há milagres. Não há como prometer o resultado de uma cirurgia plástica em um procedimento minimamente invasivo. Não se deixe enganar.

Enfim, em última análise, a beleza não deve vir às custas da saúde. A proibição do PMMA serve como um lembrete poderoso de que nem todas as inovações na medicina estética são benéficas ou seguras. Ao optar por tratamentos aprovados e cientificamente comprovados, realizados por profissionais qualificados, os pacientes podem buscar melhorias estéticas com confiança, minimizando os riscos e maximizando os resultados positivos.

A medicina estética continua a evoluir, e com ela, nossa compreensão dos riscos e benefícios de diferentes tratamentos. Manter-se informado, questionar, e priorizar a segurança são as melhores ferramentas que temos para navegar neste campo em constante mudança. E se você quer melhorar sua aparência com especialistas que há mais de 30 anos realizam esse sonho com ética e segurança, acesse os canais deste site e agende já sua consulta com a equipe da Master Health.

Master Health

A Master Health, há mais de duas décadas, alia conforto, segurança e zelo no tratamento de seus pacientes. Adepta do conceito de clínica vertical, a Master dispõe de quatro andares unicamente dispostos ao atendimento, favorecendo a privacidade de cada momento da cirurgia plástica ou tratamento realizado pelo paciente.
Diretora Técnica Dra. Elaine Favano – CRM 42085/SP

Fale Conosco Pelo Whatsapp